terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Decadência

Caros cibernautas

É com o maior prazer que volto a escrever qualquer coisinha, de pouca relevência para a vossa vida. De realçar que estamos quase a atingir as 8000 visitas, o que nos permitirá ultrapassar as últimas assistências do estádio de alvalade. Outra coisa que quero chamar a atenção é o facto de me encontrar em último lugar na votação que decorre à meses acerca do jantar romântico. Compreendo, e creio firmemente, que se a votação fosse sobre a possibilidade de uma noite escaldante estaria em primeiro lugar com larga vantagem.

Passando ao tema e influenciado pelo último post, água vai.
Como vai mal a nossa cultura amorosa. Orgulhamo-nos de no passado termos produzido alguns dos mais belos escritos da história da Humanidade. Exortamos a Camões, Pessoa, Queirós, Camilo (apesar de praticamente todas estas personagens terem padecido de graves perturbações mentais ou no caso do Luiz Vaz, taradice), é com tristeza que assiste à decadência da escrita portuguesa, nomeadamente no que concerne à escrita amorosa.

Desta vez trago um exemplo, que quem assistiu à roda da sorte na sic já conhecerá bem já que o Herman passou isto umas 27 vezes, que retrata a falta de qualidade dos nossos textos. Esta música foi escrita por um senhor que se sentiu ultrajado pela sua amada, e decidiu compor e escrever esta canção como forma de protesto ao comportamento da sua mais que tudo.


Quando comparado com alguns textos do passado que retratavam temáticas idênticas, podemos assistir ao decréscimo de qualidade:
Perdigão perdeu a pena
Não há mal que lhe não venha.

Perdigão que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.

Quis voar a uma alta torre,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.

Pobre Camões, que se produzisse hoje este texto, seria ridicularizado por nem num verso mencionar o msn ou o orkut, e limitar-se apenas a fazer analogias brilhantes. E depois disto os professores ainda não querem ser avaliados.

May the force be with you
RR